Estes seis anos de Largo em Peniche foram das melhores coisas que nos aconteceram. Foi tudo aquilo que imaginámos — e mais.
Queríamos que fosse um espaço onde ideias ganhassem forma. E foi.
Queríamos que fosse um um lugar para partilhar com toda a gente. E foi.
Que fosse um laboratório para a colaboração.
Que fosse uma porta aberta à experimentação.
Que fosse um sítio acolhedor para quem quer começar.
Que fosse um local de encontro entre vidas diferentes.
Que fosse um abrigo para quem precisa.
Que fosse inspiração para aprender.
Uma ferramenta útil para quem tenta fazer.
Um porto seguro para quem é diferente.
Um lugar onde não nos sentimos sós.
Uma alternativa ao status quo.
Uma resistência ao senso comum.
Uma espécie de santuário para o querer-cuidar coletivo.
Uma ilha de sanidade.
E foi.
Queríamos que fosse uma casa para nós.
E é.
Quisemos também que este espaço não fosse só nosso, mas que aos bocadinhos fosse de muita gente.
Este espaço que também é:
Coworking. Oficina partilhada. Biblioteca das coisas. Sala de eventos. Laboratório de invenções. Observatório social. Lugar de imaginação. Jardim botânico. Sala de estar para vizinhos. Cozinha para eventos do bairro. Espaço para famílias e brincadeiras. Ponto de informação. Local de encontro da cidade.
Daqui, alargámos à rua, ao bairro, à cidade.
- Fundámos o primeiro coworking de Peniche — e um dos mais conceituados do país.
- Organizámos o celebrado TEDxPeniche.
- Criámos a Janela do Lado (The Window Next Door) para dar novos usos a espaços devolutos da cidade.
- Recuperámos computadores para as crianças em casa com o Reciclar para Aprender, durante a pandemia.
- Fizemos um livro para estimular o sentido de comunidade e transmitir a história e cultura local com o nome Peniche - Ilha do Tesouro.
- Ganhámos o programa de financiamento Bairros Saudáveis.
- Convidámos os vizinhos a transformar a rua com a proposta RUA+.
- Abrimos a Biblioteca das Coisas e a Oficina Partilhada, onde se aprende a reparar e se empresta quase tudo.
- Realizámos festivais, assembleias, apresentações, workshops, aulas, concertos, residências e exposições.
- Trouxemos de volta a festa do bairro com o Dia da Abóbora.
- Tivemos sessões de cinema pela noite adentro e jantares pela rua afora.
- Plantámos uma horta onde antes havia entulho. Trouxemos canteiros, arbustos e árvores para os passeios.
- Abrimos ruas onde antes havia muros.
- Construímos uma Cozinha da Rua e novos espaços para estar.
- Recuperámos um edifício público e mudámos a cara do bairro.
Centenas (ou milhares? Já perdemos a conta) de vocês participaram nestas e noutras tantas ideias “impossíveis” que o Largo tornou um bocadinho mais possíveis.